09/08/2022

IBEF Ceará promove almoço palestra com Bruno Girão, CEO da Alvoar Lácteos


Bruno Girão, CEO da Alvoar Lácteos
Fotos: João Dijorge/IBEF Ceará

O executivo Bruno Girão, CEO da Alvoar Lácteos, empresa criada com a fusão da Betânia Lácteos, a Embaré Indústrias Alimentícias e o fundo de private equity Arlon LATAM, esteve reunido com executivos cearenses associados ao Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Ceará (IBEF-CE). Em pauta, a fusão das empresas e o mercado de capitais do país na atualidade. O evento foi liderado pela presidente do IBEF Ceará, Renata Paula Santiago, e pelos vice-presidentes, Raul dos Santos Neto e Delano Macêdo.

Girão contou que a Betânia logo previu a necessidade de dominar o mercado no Nordeste. "O setor de massas e biscoito e o de café devem faturar em torno de R$ 25 bilhões. No setor de laticínio o faturamento deve girar em torno de R$ 120 bilhões. As empresas líderes, a maior do setor é Lactalis, com uma série de marcas e que lida com o mercado com grande percentual de share. Como nos posicionamento em um mercado extremamente difícil de ter vantagens competitivas, pois todo mundo faz um produto similar, pensamos em uma estratégia de ser diferente", disse ao falar sobre a fusão.

Ainda segundo ele, a Betânia ocupava entre a 12ª e 13ª posição nacional como as marcas mais consumidas. "Entendemos que precisávamos operar e dominar em uma região para aumentar a rentabilidade".

A respeito da verticalização da empresa, disse ser impossível nesse momento. "A quantidade de capital necessário para essa cadeia requer um capital que não temos condições de fazer. Do ponto de vista global processamos em torno de 3 milhões de litros de leite por dia. A maior operação verticalizada do mundo é árabe e processa 800 mil litros por dia. Entendemos que é muito comum ter empresa que faz a sua distribuição e nós não abrimos mão disso. É o nosso diferencial competitivo. Hoje distribui lácteo, mas amanhã pode distribuir outro tipo de produto", destacou.

A respeito do processo de ESG, Girão lembrou que os ataques que o setor de proteína animal tem sofrido são exacerbados. "A proteína animal representa 3% da produção de metano do mundo. É uma necessidade. O mundo está forçando as empresas a trabalharem assim, como filosofia de negócio. Os problemas de meio ambiente do Brasil são menores que os da Europa. Devemos estar mais preocupados com o Nordeste. Não podemos importar conceitos de fora e esquecer que aqui temos pessoas passando fome. Não está no momento de colocar atenção em legislação ambiental, pois precisamos gerar emprego. Tenho certeza que por meio da produção de leite no Nordeste, onde temos déficit de educação, se tiverem no campo produzindo leite conseguirão ter vida digna".

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